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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Primeiras impressões: com jogo rápido, "Medal of Honor" busca identidade própria.



A série "Medal of Honor" foi referência em jogos de tiro em primeira pessoa desde o surgimento, em 1999. Idealizado pelo cineasta Steven Spielberg, o game transmitia ao jogador a mesma sensação cinematográfica de filmes como "O Resgate do Soldado Ryan".

O cenário e as batalhas da Segunda Guerra foram explorados até a exaustão pela franquia e por muitos outros jogos desde então. Com o sucesso do rival "Call of Duty" com sua abordagem moderna para os jogos de tiro, a EA viu-se obrigada a revitalizar "Medal of Honor".

A EA Los Angeles continua no comando da campanha principal, mas a modalidade multiplayer, tão importante na atual geração, está nas mãos da DICE, os desenvolvedores veteranos da franquia "Battlefield".

Familiar até certo ponto

A DICE aplicou seu conhecimento na área para proporcionar uma experiência envolvente. A semelhança com o recente "Bad Company 2" é percebida no sistema de captura de objetivos e na possibilidade de destruir partes do cenário, cortesia do motor gráfico Frostbyte.

O sistema de classes é mais limitado, sem um médico, por exemplo, eo s controles são diferentes e há mais espaço para bancar o Rambo do que em qualquer "Battlefield". Trabalho em equipe é importante, mas um jogador ousado pode salvar o dia em "Medal of Honor".

Outra comparação óbvia é com o arrasa-quarteirão "Modern Warfare 2" e, nesse caso, "Medal of Honor" não consegue esconder as semelhanças, seja no arsenal, nos acessórios que podem ser conectados às armas ou na velocidade das partidas.

O Afeganistão, cenário dos dois mapas disponíveis no beta, com uma Cabul arruinada e um vale montanhoso, parece genérico em um primeiro momento, mas é preciso admitir que ambos são bem elaborados, com efeitos de luz e fumaça excelentes. O terreno pode ser deformado com granadas ou foguetes, mas o resultado não faz muita diferença.

A morte é uma certeza em "Medal of Honor", como é em tantos jogos de tiro em primeira pessoa. Até decorar os mapas e descobrir as melhores rotas e estratégias, o jogador vai tombar inúmeras vezes. Por sorte, não há tantas variáveis quanto em outros jogos, ao menos a princípio. A simplicidade das classes - assalto, operações especiais e atirador de elite - facilita a escolha e organização de táticas em equipe.

O mapa Helmand Valley é espaçoso e times que trabalham juntos levam vantagem aqui. O objetivo é conquistar ou defender um ponto estratégico em uma parte elevada do mapa. O segundo mapa, Kabul City Ruins, é bem menor e mais apropriado para jogadores cautelosos, que se escondem e avançam sozinhos contra inimigos desprevinidos.

Vale destacar o uso do radar em "Medal of Honor". A ferramenta está sempre ativa e indica a direção dos inimigos nas redondezas. Parece injusto, mas, na prática, isso torna as partidas mais divertidas, com combates constantes.

Os controles respondem bem, mas a ausência da opção para deitar-se no chão e rastejar é estranha, ainda mais em Kabul City, onde não ser visto pelo inimigo é tão importante quanto acertar o tiro. A mira com a alavanca analógica também parece menos precisa do que em outros jogos. A morte, tão frequente no jogo, é acompanhada de uma animação estranha, que corta o ritmo da partida, quando a tela congela por um instante antes de mostrar o corpo caindo. Uma escolha de design, sem dúvida, mas que incomoda depois de um tempo.

Outra decisão ruim dos produtores é que os últimos tiros disparados antes da morte não são considerados. Jogue uma granada sobre os oponentes antes de cair e nada acontecerá.É bom lembrar que a versão testada ainda está em desenvolvimento.


Área destruída da cidade de Cabul é cenário para as batalhas do game

Medal of Honor" é um jogo que luta para encontrar sua identidade. A DICE já mostrou que não está produzindo um clone de "Battlefield", nem uma simples cópia de "Modern Warfare 2". É cedo para dizer que "Medal of Honor" vai recuperar o lugar de prestígio que já ocupou entre os jogos de guerra. O jogo precisa de ajustes, mas não há dúvidas que está no caminho certo.

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