A Electronic Arts do Brasil confirmou que uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou que o jogo "Counter-Strike" pode voltar a ser comercializado no território nacional. A sentença não é definitiva e cabe recurso.
O popular game que opõe terroristas e contraterroristas foi proibido no começo do ano passado, em decisão da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais a uma ação civil pública impetrada por Fernando de Almeida Martins, procurador da República em Minas Gerais. Além de "Counter-Strike", o RPG online "EverQuest", que não é distribuído oficialmente no Brasil, também foi banido das lojas.
Aparentemente, o maior problema do game é um mapa não-oficial, chamado cs_rio, que tem como cenário uma favela carioca. O título é descrito como um jogo em que "traficantes do Rio de Janeiro seqüestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas. A polícia invade o local e é recebida a tiros".
Na ação, a 17ª Vara Federal afirma, sem citar nomes ou pesquisas, que "na visão de especialistas o jogo ensina técnicas de guerra". Além disso, os dois jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado". A decisão fez surgir manifestações pela liberdade de expressão.
No Brasil, todos os jogos comercializados oficialmente são classificados por faixa etária pelo Ministério da Justiça. "Counter-Strike" é vendido para maiores de 18 anos, enquanto "EverQuest" não possui distribuição oficial no país. No passado, quando ainda não havia a política de classificação, já foram banidos do país jogos como "Carmageddon", "Postal" e "Grand Theft Auto". Em 2008, o game "Bully", da Rockstar, foi proibido em uma decisão da Justiça do Rio Grande do Sul.
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