Falando à rede inglesa BBC, Shigeru Miyamoto, principal nome criativo da Nintendo e um dos idealizadores do Wii, disse que a companhia "não está preocupada" com as iniciativas das rivais Microsoft e Sony em utilizar tecnologias de detecção de movimentos.
"O fato de ambas as companhias estarem querendo tirar o jogador do sofá, tirando vantagem dos comandos de gestos, e permitindo-lhe controlar o jogo ao mover seu corpo, mostra que estão observando o que nós fizemos com o Wii", comentou. "Agora, eles estão se movendo na mesma direção. No fim das contas, estamos lisonjeados".
Embora o Wii tenha menos potência de processamento que os rivais, se tornou o maior sucesso desta geração, muito em parte graças a um controle inovador que detecta os movimentos do jogador. Num game de tênis, por exemplo, usa-se o controle como se estivesse manipulando uma raquete.
Agora, quase três anos depois, as companhias concorrentes apresentaram nesta E3 conceitos similares, mas com tecnologias mais sofisticadas, principalmente o Project Natal da Microsoft, que traz um dispositivo capaz de detectar movimento do corpo todo (inclusive de mais de uma pessoa ao mesmo tempo), reconhecer expressões faciais e identificar rostos, e captar comando de voz. No sistema de Sony, usa-se a câmera PlayStation Eye e objetos com cores destacadas, que funciona como o Wii Remote, fazendo as vezes de caneta, espada, arco-e-flecha e afins.
A Nintendo, por sua vez, está para lançar o Wii MotionPlus, uma acessório que aumenta a precisão e o tempo de resposta do Wii Remote. O periférico sai na próxima segunda-feira (8) nos Estados Unidos, por US$ 20.
Ditando os rumos
Não é a primeira vez que a Sony e a Microsoft copiam funções presentes no Wii. Em 2006, a Sony revelou que o controle do PlayStation 3 teria acelerômetros, como no Wii Remote. O anúncio pareceu uma inclusão de última hora, com uma demonstração capenga. E até hoje, quase nenhum jogo usou de forma eficiente esses sensores. Já a Microsoft apresentou no ano passado um sistema de avatares para o Xbox 360, outra característica do videogame da Nintendo. O PlayStation 3, por sua vez, fez o Home, que traz avatares em um mundo virtual, a mesma fórmula de "Second Life", que fez sucesso alguns anos atrás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário