
Os emuladores sempre foram uma das principais formas que os fãs de consoles antigos encontraram de não deixarem seus games do coração morrerem. Mas, após anos tratados como abandonwares -softwares cuja comercialização foi descontinuada-, a situação desses clássicos mudou.
A Capcom, por exemplo, disponibilizou a coletânea Capcom Arcade na loja virtual da Apple. Assim, games consagrados como Street Fighter II e Ghouls "N Ghosts podem ser jogados no iPhone, iPad e iPod touch.
Outra franquia de sucesso também já está disponível nos aparelhos da companhia de Steve Jobs: Duke Nukem 3D foi lançado para os portáteis em 2009.
Mas, antes disso, a atual geração de consoles de mesa (Wii, Xbox 360 e PlayStation 3) trouxe lojas virtuais que comercializam, por download, jogos "das antigas" para diversos consoles. Assim, donos de Wii podem jogar o clássico Super Mario Bros (NES, 1985), os de PS3 têm à disposição o inesquecível Final Fantasy VII (PlayStation, 1997), e quem possui um Xbox 360 pode contar com os tiroteios de Perfect Dark (Nintendo 64, 2000).
"Isso poderia incentivar uma caça às bruxas", afirma Marcelo Matos, advogado e gamer, sobre a violação, por emuladores, de propriedade intelectual de softwares, protegida pela lei 9.609 no Brasil. "Mas, na prática, não acho que as empresas gastariam tempo e dinheiro com advogados para caçar usuários domésticos", diz Matos.
A lei de software, porém, possui ressalvas. Segundo o artigo 6, alguém que adquire uma licença de um determinado programa pode fazer uma única cópia para fins de backup ou, sem alterar suas características essenciais, incorporá-lo a um sistema indispensável à necessidade do usuário.
"No meu entender, parece claro que quem possui o jogo original poderá ter a ROM [cópia do game executada por emuladores] como backup, ou usá-la em um emulador se não tiver mais o videogame original", diz Matos.
"Há quem discorde e ache que não pode ser usada ROM de forma alguma, porque os jogos nem sempre são só um programa de computador", completa. A controvérsia vem do fato de que alguns cartuchos possuíam uma parte física --como processadores próprios- que pode ser alvo de patentes.Fonte folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário