Falando ao jornal mexicano Excelsior, John Rizzo, executivo-chefe da companhia Zeebo, afirmou que a intenção do videogame homônimo não é competir com o Xbox 360, PlayStation 3 e Wii, e quem critica o console são os jogadores entusiastas, o chamado público "hardcore".
"No Brasil, os usuários que mais criticam o Zeebo são os chamados jogadores 'hardcore', que é algo bom porque não nos vemos tomando o mercado dos competidores atuais; o que queremos fazer é criar um mercado que não tem a ver apenas com jogar games, mas também com educação", comentou Rizzo.
O executivo comentou sobre as características do console, que foi feito pensando em mercados emergentes, com baixo custo, tanto de hardware como de jogos. "No México e Brasil, os consoles tradicionais de videogame são exclusivamente para jogar. Ademais, os altos custos de software obrigam quem possui esse tipo de máquina a optar pela pirataria, porque estão fora de seu alcance".
O Zeebo contorna a pirataria por transferir jogos digitalmente, usando uma rede 3G própria. Assim, o usuário não precisa ter banda larga para comprar os jogos, e o uso da rede no Zeebo é gratuito: o consumidor só paga pelo jogo, que saem, no Brasil, entre R$ 9,90 e R$ 29,90.
Jogos para emergentes
Apesar de o Zeebo ter apoio de grandes produtoras, como Electronic Arts, Gameloft, Capcom e Activision, o objetivo do console é dar oportunidade a pequenos estúdios que não tem capital para publicar games nos consoles tradicionais. No Brasil, a própria Tectoy está produzindo títulos exclusivos para o videogame, como o "Zeebo Extreme", que traz uma diversão bem nacional: o rolimã.
Rizzo admite que o "poder" do videogame é modesto. "O Zeebo não terá jogos como 'Halo 3'; estamos falando de um desempenho superior ao primeiro PlayStation, mas menor que a segunda versão [PS2]. Nosso objetivo é criar uma plataforma de jogos casuais e educativos acessíveis e de baixo custo para a casa de milhões de consumidores em nações emergentes", completou.
O Zeebo chega ao México em outubro, por 2.500 pesos mexicanos, o equivalente a R$ 357. No Brasil, o console custa R$ 499, e está a venda nas lojas do Rio de Janeiro e em sites de comércio eletrônico.
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