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terça-feira, 10 de agosto de 2010
Soldados talibãs poderão ser controlados em "Medal of Honor"
Sempre que um jogo de guerra é anunciado, os jogadores se perguntam se será possível controlar os soldados da força inimiga. Isso acontece em alguns projetos mais ousados, como "Call of Duty: Modern Warfare 2", em que há uma fase na qual guerrilheiros russos atiram em civis e policiais que estão num aeroporto, e o próximo a arriscar é "Medal of Honor".
Falando à revista PlayStation 3 Magazine, Patrick Liu, produtor de "Medal of Honor", revelou que o time de desenvolvimento incluiu conteúdo para permitir que os jogadores controlem os soldados talibãs no novo título, que está em desenvolvimento para PlayStation 3, Xbox 360 e PC e tem lançamento marcado para 12 de outubro.
"Acho que isso é uma questão clara. Estamos mexendo com alguns sentimentos, mas isso não é [um jogo] sobre a guerra, é sobre os soldados", declarou o produtor.
Mesmo sem detalhar como será a participação do grupo islâmico no game (ele já está presente na modalidade multiplayer), dar a oportunidade de conduzir os guerrilheiros é uma adição arriscada, tendo em vista que as lembranças do ataque ao World Trade Center, ocorrido em 11 de setembro de 2001, permanecem vivas na memória de muitos americanos.
"Não podemos deixar de lado a ambientação e o que as facções são, mas, no final, é um jogo, então acredito que não estamos provocando muito", completou Liu.
Polêmica
Em desenvolvimento há aproximadamente dois anos, o jogo de guerra "Six Days in Fallujah", para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, sofreu um grande revés por utilizar a mesma temática que a Electronic Arts trabalha em "Medal of Honor".
Contando com o apoio de mais de três dúzias de veteranos da guerra do Iraque, "Six Days in Fallujah" narra os eventos da segunda batalha em Fallujah, na Operation Phantom Fury, ou Al-Fajr (respectivamente, Fúria Fantasma e A Alvorada), acontecidos entre 6 e 23 de dezembro de 2004, em que os EUA lideraram um ataque contra a insurgência iraquiana na cidade de Fallujah.
Após o anúncio do jogo, membros do exército americano que participaram do confronto declararam ser contra o lançamento de "Six Days in Fallujah" e fizeram a Konami abandonar o projeto.
"Depois de ver a reação nos Estados Unidos ao jogo e ouvir opiniões via telefonemas e e-mails, decidimos que não vamos mais vendê-lo", disse um representante da Konami à época. "Pretendíamos transmitir a realidade das batalhas aos jogadores de forma que eles pudessem sentir o que era estar lá [no Iraque]".
O projeto quase foi abandonado, mas o time do estúdio Atomic Games continuou o desenvolvimento do game, que está pronto e segue sem apoio de uma editora interessada em lançá-lo.
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